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Figueiredo – Origem do nome

A palavra portuguesa “figueira” significa “árvore de figo” e Figueiredo quer dizer “lugar onde há muitas árvores de figo”. Querem os linhagistas que esta família proceda de Goesto Ansures, cavaleiro lendário que foi o libertador de algumas donzelas que eram conduzidas pelos mouros para pagamento do tributo anual de cem donzelas nobres destinadas à concubinas do Rei de Córdova, conforme o ajuste feito com o Rei Mauregato. Dizem ainda os linhagistas que Goesto Ansures se enamorou de uma das libertas e que de ambos provém os Figueiredos. Assim, apontam Arsur Goestis, suposto filhos de Goesto Ansures, cavaleiro que vivia no território de Viseu, no ano de 871, com sua mulher, D. Eleva, os quais neste mesmo ano fizeram doação de várias rendas e ornamentos ao mosteiro de Arouca. Goeiro Martins de Figueiredo é o primeiro do sobrenome, viveu nos reinados de D. Afonso II, D. Sancho e D. Afonso III e, por volta do ano de 1260 doou aos mosteiros de Santa Cruz de Coimbra certas fazendas por ocasião de seus aniversários.

O sobrenome português Figueiredo ou Figueredo foi levado ao longo de Galícia e Áustrias. Gonzalo Garcia de Figueredo era o Senhor de Micleira e tutor do infante D. João de Portugal, casou-se com D. Constanza Ruiz Pereira e dela teve um filho chamado Arias Gonzalez de Figueredo, que foi casado com D. Leonor Pereira, e foram pais de Joana Figueredo Pereira, esposa de Fernan Martinez Carvajal.

Um dos fundadores dos muitos ramos da Familia Figueiredo em Portugal, foram D. João de Figueiredo e outro, D. Álvaro de Figueiredo. Vasco Esteves e Figueiredo foi o Senhor da Torre e julgado de Figueiredo, e a ele aludem as Inquirições de D. Diniz. Estas inquirições se deram em 1284, nos julgados de Figueiredo, de Sever, de Cambra, de Fermedo e de Cabanões, buscando informações sobre as propriedades, os bens do Rei e o que existia nas localidades de uma forma geral, procedendo ao cadastro do Reino, com informações de caráter econômico, administrativo, de índole social ou eclesiástica, passando pela onomástica e toponímia. São dados como seus filhos: Gil, Lourenço, Afonso e Garcia Vasques de Figueiredo, sendo que estes dois últimos deixaram longa geração.

João de Figueiredo serviu os Reis católicos Ferdinando de Aragão e Isabella de Castela, e na tomada de Granada ele foi Capitão dos Cem Lançadores. Por causa de suas valorosas ações, o Rei D. João III o recompensou com ato público na sociedade do Círculo de Acaila e concedeu Brasão de Armas mostrado por proclamação do dia 08 de outubro de 1528.

Um portador famoso da Família Figueiredo foi Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto no Brasil, que nasceu em 1837, foi Senador e Deputado durante o reinado da Monarquia, Ministro do Comércio Interior e Presidente do Conselho de 1889, que foi responsável pela formação da Proclamação da República do Brasil.

Brasão de Armas:

Partido: 1º de azul, com uma torre quadrada de prata, lavrada, aberta e iluminada de vermelho, acompanhada de quatro bandeiras do segundo esmalte com a Cruz de Cristo do terceiro, hasteadas de ouro, cada uma firmada num dos ângulos da torre; 2º de vermelho, com cinco folhas de figueira de verde, perfiladas de ouro, postas em sautor.

Timbre: a torre, com as quatro bandeiras do escudo, moventes das ameias, duas para cada lado.

Origem: Portugal.

Fonte: Armorial Lusitano

Instituto Heráldico Americano – Registro Brasonário nº IHA-2310

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